Críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes e queixas sobre um suposto prejuízo no direito de defesa marcaram o segundo dia de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizado nesta quarta-feira (3/9) no Supremo Tribunal Federal, sessão dedicada apenas à argumentação dos advogados de defesa dos réus.
O advogado do ex-presidente chegou a sugerir que o julgamento seria político e disse que, em caso de condenação, seria cometida uma injustiça similar ao famoso caso Dreyfus, quando um militar francês, judeu, foi injustamente acusado de traição à pátria e condenado à prisão perpétua em 1894, um veredito depois anulado.
Já a defesa do também réu general Augusto Heleno sugeriu que Moraes, relator do processo no STF, teria assumido a postura de “juiz inquisidor” na condução do interrogatório de réus e testemunhas, porque o ministro fez mais perguntas que a Procuradoria-Geral da República e teria, inclusive, levantado questões que estavam fora dos autos.
Bolsonaro, Heleno e mais seis réus são acusados de tentar dar um golpe de Estado, após sua derrota nas eleições de 2022.
Todos se declaram inocentes, mas nem todos negam que houve intenção golpista. Outro destaque do segundo dia foram as tentativas das defesas de Heleno e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de afastá-los das acusações contra Bolsonaro.
Fonte: BBC.
Foto: Rosinei Coutinho/STF.






