O som do triângulo ecoa no ar. A zabumba marca o compasso do coração. A sanfona anuncia: hoje tem quadrilha!
Mas não é uma noite qualquer. Hoje, os arraiás de todo o estado de Goiás voltam os olhos para um só palco: a final do Campeonato Goiano de Quadrilhas Juninas, onde tradição, arte e emoção se misturam em um espetáculo que vai além da dança.
Por trás das bandeirinhas coloridas e das roupas brilhantes, existe muito mais do que alegria: existe suor, ensaio, dedicação e amor. Os grupos de quadrilha se preparam durante meses inteiros, afinando passos, costurando sonhos e moldando histórias para encantar o público e os jurados em poucos minutos de apresentação. Cada ensaio é um ato de resistência cultural; cada passo, um grito de identidade.
E quando chega o grande dia, tudo pulsa com mais intensidade. A energia no ar é elétrica. Os bastidores são um turbilhão de nervosismo e esperança. Maquiagens são retocadas com mãos trêmulas, figurinos ajustados nos últimos segundos, e orações sussurradas entre os pares. É o momento em que a paixão de um povo pelo seu folclore encontra o brilho da competição.
Porque hoje, não é só por amor à cultura: é também pela honra de representar Goiás no cenário nacional, levando a força do cerrado para o Brasil inteiro ver. Só uma quadrilha sairá vencedora, mas todas carregam consigo o orgulho de manter viva a chama dessa tradição tão nossa.
Na arena da festa junina, não há perdedores. Cada grupo que pisa no tablado é vencedor pela coragem de sonhar alto, dançar com alma e contar histórias que celebram quem somos.
E quando a música começa e o marcador anuncia com voz firme: “Chegou a nossa vez!”, o público já sabe — é hora de vibrar, de se emocionar, e de testemunhar a grandeza do nosso São João goiano.
Porque aqui em Goiás, quadrilha é mais que dança. É arte, é raiz, é paixão. E hoje, ela vai brilhar como nunca. 🌽💃🔥
Reportagem: Lilian Calixto
Imagens: Lucas Araújo
Direção: Bianca Feitosa
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